23 fevereiro 2013

5º Capítulo - Do You Love Me? - Há 6 anos


-Henry! Uau, essa sala é...
Nem terminei a minha frase, quando fui voltar para o estúdio vi alguém que não esperava encontrar conversando com Henry, que claro foi interrompido pelos meus berros.
-V-Você? -Nós dois perguntamos aos berros ao mesmo tempo.































-Espera, vocês se conhecem? -Perguntou Henry.
-Você a conhece? -Perguntou Chace para Henry.
-Não, eu é que pergunto, como vocês dois se conhecem? -Perguntei.































-Olha. -Disse Chace passando a mão pelos cabelos e os jogando para trás. -Eu não vou ficar perdendo meu tempo e não devo satisfações a você, ok?
Sabe aquela dor de facada no peito? Então, nem eu sei, mas foi, para mim como se fosse isso. Aquele ser, igualzinho a mim, me tratava como se eu fosse lixo, me irritei de tal forma que nem eu me aguentava mais por ser tão boba de ter aturado aquele cara até aquele momento.































-Ok, ok, não deve mesmo, e eu não vou reclamar com você por me tratar como um nada, mas eu vou brigar por você se fazer de um nada, como pode, como consegue atrapalhar e irritar as pessoas de tal maneira e não ver que sua vida é tão, mas tão inútil que você nem acha graça em mais nada? Não consegue pensar em algo legal como cumprimentar as pessoas e ser legal com elas? Será que só sabe ser rude e um pé no saco metidinho? Será que não enxerga que você mesmo se irrita de tão podre que você é por dentro? Nem mesmo você se aguenta. Sabe de uma coisa? Eu acho que você nem precisa do sermão de alguém pra perceber isso tudo, aliás, você é tão triste que não tem mais concerto. 































Parei de falar ainda com um monte engasgado, mas me controlei para não falar alguma besteira ou acabar na delegacia. E por incrível que pareça ninguém me interrompeu, nem mesmo abriram a boca depois de eu parar de falar. Respirava fundo e estava com vontade de explodir e chorar de tanta raiva, mas simplesmente peguei minhas coisas e saí da sala batendo a porta. Desci as escadas rapidamente e foi então que saíram algumas lágrimas, mas as enxuguei rapidamente, estava irritada, lembrei de quando aquele cara chato cuidou de meu ferimento em sua própria casa, pensei que haveria se importado, mas ele apenas não queria que eu fizesse algo contra ele.































Enquanto isso...

-Chace, acorda!
Ele estava paralisado e sem expressão enquanto Henry o chamava.
-To falando com você cara! 
E Chace o olhou meio de costas com uma expressão bem assustada.































Logo após, sem dizer nada, saiu correndo, desceu as escadas, saiu do prédio e ligou seu carro.


































Era o finalzinho da tarde, estava um pouco frio e meio escurinho já. Olhei para aquele céu tristonho e sorri melancolicamente pelas lembranças que ele me trazia.
-Mãe, como eu sinto a sua falta...

































Me lembrei de quando eu era apenas uma criança chorona e ela me deu um abrigo, de quando nos deitávamos na grama e ficávamos vendo as nuvens e de quando nos abraçávamos por longos momentos. 































Chace saiu cantando pneu, passou por dois quarterões e no terceiro viu Nana andando vagarosamente, foi aí que começou a correr mais ainda apenas para ela perceber que ele estava irado. 
































Logo que chegou a um ponto mais a frente dela, se deparou com um grupinho de rapazes, o que parecia ser perigoso. Aquela hora, uma garota sozinha andando na rua? Mas Chace não parou, apenas ficou com aquilo na cabeça.































Estava andando normalmente pela calçada, ainda um pouco com raiva e meio desanimada, foi quando alguns rapazes começaram a mexer comigo, assoviar e dar cantadas idiotas, deviam estar todos bem bêbados, naquela hora, eu, sozinha, com quatro rapazes?































-Que saco! Por que eu fico me preocupando? -Chace estava indo a caminho de sua casa, porém, deu meia volta por que não conseguia tirar da cabeça que Nana estaria em perigo, de qualquer modo estava se preocupando, mesmo com todo o sermão que Nana havia dado nele, ainda sentia que precisava fazer algo.
Chegou ao local e realmente escutava alguns gritos, correu para a pracinha e se assustou com o que viu.































Enquanto eu andava pela calçada os quatro começaram a mexer comigo, por não ter dado bola, foram além, chegaram perto de mim e tentaram me agarrar, porém, estava tão irritada que com meu punho forte e algumas aulas de karatê que fizera quando mais nova entrei na briga de rua.
-Vocês se acham os bonzões não é? É legal querer ficar se aproveitando de alguém? Por que todos vocês são assim? Tentem me agarrar de novo pra vocês verem, seus babacas! -Eu havia acabado com os quatro sozinha. Como sempre fui sozinha então sabia me defender muito bem.
-Você é louca! -Disse um moço deitado no chão.































-Eu sou mesmo! Muito doidona!-Berrei e nisso alguém colocou uma mão em meu ombro, logo me assustei e achei que fosse mais um dos caras.
-Está tudo b- Por reflexo lhe dei um soco na bochecha interrompendo-o e percebendo o que fizera e só depois fui ver quem era.































-Ah meu Deus! -Coloquei a mão no rosto. -Me desculpa, ai caramba! Mas você de novo? -Era Chace que pusera a mão em meu ombro.
-Mas o que você? -Colocou a mão na bochecha e sentiu uma dor tremenda. -Eu só vim te ajudar! Mas que punho forte. -Dizia enquanto apalpava o lugar.
-Eu não vi que era você! Mas que ideia é essa de se meter na briga dos outros hein? -Gritei desesperada tentando controlar a situação.































-Eu só queria te ajudar! Você é que é louca de bater em quatro caras sozinha! Ai!
Parei por alguns segundos, olhei para o chão e logo voltei aos olhos de Chace.
-Vem aqui! -Peguei-o pelo pulso e o arrastei até a calçada só parando quando estivesse ao lado do carro dele. -Cadê a chave?
-Que chave?
-Que chave, a chave do carro, qual mais seria?
-Ah agora você quer o meu carro? Causa o maior escândalo, me bate, me xinga e agora quer ainda o meu carro?
-Vai querer a minha ajuda ou não?
-Ajudar por que? Não preciso da sua ajuda!
-Ah é? Da outra vez que te dei um soco você quase ficou em coma! -Contei a ele sem querer e depois tapei a boca.
-Como assim outra vez? -Assustou-se arregalando os olhos.
-Depois eu explico! -Não ia explicar nada, apenas escapou da minha boca.































Enquanto isso...

Henry estacionava seu carro na garagem, estava no estúdio até agora arrumando algumas coisas. Saiu do carro, pegou a chave e quando olhou para a porta a viu.
-O que está fazendo aqui, Victória?































Victória, a modelo, a mulher que Henry amou.































-Só queria ver sua nova casa. É linda. -Sorriu enquanto caminhava em direção a Henry com passos curtos e lentos.































No mesmo dia de manhã...

-A senhora deseja mais alguma coisa? -Perguntou o empregado do hotel.
Victória que estava de costas para o mesmo, olhando para a paisagem que dava para ver da cidade de sua janela, disse:
-Não, obrigada.































O homem se retirou do quarto e ela pegou seu celular, clicou nos contatos e foi passando até encontrar um certo número, parou, pensou um pouco e clicou no mesmo, ligando para ele.































...

Henry estava em seu estúdio na sala de reunião e estava com um pessoal de uma revista de moda famosa, onde fechavam contratos com ele para ser o novo fotógrafo das próximas edições da revista. Quando já estava tudo acertado, apertaram as mãos e os homens se foram acompanhados pela secretária de Henry.































Ele ficou na sala olhando pela janela quando seu celular, que estava em cima da mesa tocou, ele o pegou e viu o número, Henry franziu o cenho e rejeitou a ligação respirando fundo. Passou a mão pelos cabelos e voltou a olhar pela janela.































Após uma meia hora, sua secretária entrou no escritório de Henry correndo e lhe dizendo:
-Senhor Henry, uma mulher entrou aqui sem sua permissão e nem hora marcada, eu tentei impedi-la, mas ela insiste em...-Nisto Victória entrou em sua sala, olhava em seus olhos fixamente.































-Tudo bem, pode nos deixar a sós um minuto? -Disse Henry para a secretária também olhando para Victória fixamente.
-S-sim. -Fechou a porta.































Os dois ficaram parados por alguns instantes, quando Victória andou até Henry o abraçando, este não retribuiu o abraço, ficou apenas parado.































-Por que Henry? Por que não me abraça? Por que não voltamos ao nosso passado? -Sua voz trêmula e chorosa estava fraca e esperava que Henry a apertasse em seus braços, a aconchegasse e lhe dissesse que tudo iria ficar bem.
-Em nosso passado, Victória, você me deixou.
-Não, eu não quis...
-Isso não muda o fato de que me trocou...-Tirou os braços dela que estavam em volta dele. -Mas isso não importa mais para mim, eu já não sinto o mesmo que sentia por você aquele tempo.































-Nós podemos recomeçar, nós só...
-Eu estou gostando de uma garota. -Victória ficou pasma. -Por favor não faça maiores estragos em minha vida.































Ela olhou para todos os lados, queria chorar, mas não na frente dele, saiu da sala batendo a porta e derramou algumas lágrimas enquanto corria para a rua chamando um táxi. Victória foi para o hotel, cuja ficava em uma das ruas mais movimentadas da cidade, saiu do táxi rapidamente entrando no hotel. Mesmo que fosse uma mulher muito forte sofria por este homem, por ter-lo deixado e tê-lo trocado ficando noiva de outro, mas o passado queria desta maneira, não haveria nada que ela pudesse fazer para mudá-lo.































Enquanto isso, Chace que estava logo ali por perto a viu, logo seu coração bateu mais forte.
-Victória...-Disse em voz baixa.































2 comentários:

  1. !!!!!!!!!!!!!!!! Já sei porque sei. 89UT8493UT489TUM38TU34
    Ela ficou noiva do Chace.
    Lalis tou adorando as imagens que cê tá postando, fico me perguntando o que é o que. JHUWOHGEIOGHIO
    E aquela imagem dos olhos!!!!!!!!!!!!!!!!::::::::linda por demais.
    Victória lindéxona hein.

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  2. giagihaiodg Pois é, muitas emoções ainda estão por vir. A história tá começando a ferver ainda.

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